Proteger-se contra o spam é uma preocupação fundamental para todos os usuários da internet. Afinal, quem nunca recebeu aquele e-mail com anúncios que não tinha solicitado ou newsletters nas quais nunca se inscreveu? Isso é o que conhecemos como spam, e frequentemente pode estar ligado a tentativas de phishing.
O conceito de spam é multifacetado e muitas definições foram propostas ao longo do tempo. Atualmente, a mais amplamente aceita é “Sending and Posting Advertising in Mass”, o que significa “Enviar e Publicar Anúncios em Grande Escala”.
Assim, o spam pode ser encontrado em várias formas, sendo mais comum em mensagens de redes sociais e, especialmente, em e-mails.
No entanto, é importante destacar que nem tudo o que as empresas enviam deve ser classificado como spam.
Por isso, para ajudá-lo a evitar cair nessa armadilha virtual, apresentamos 3 dicas valiosas no conteúdo a seguir. Confira!
O que é spam e o que significa?
O spam é definido como conteúdo não solicitado, enviado pelo remetente sem o consentimento do destinatário.
Desse modo, esses materiais consistem principalmente em mensagens de propaganda de bens e serviços, mas podem incluir práticas de phishing, que são frequentemente exploradas por criminosos.
Do ponto de vista histórico, o primeiro caso conhecido de spam remonta a 1994, quando dois advogados, participantes de um fórum de discussões e submissões de artigos, inadvertidamente enviaram mensagens relacionadas a loterias para todos os participantes.
Então, esse tráfego inesperado comprometeu significativamente o desempenho do fórum, resultando em uma reação irritada dos usuários que prontamente rotularam o incidente como spam.
Atualmente, o spam é praticado por indivíduos mal-intencionados, bem como por empresas que erroneamente o veem como um método fácil e econômico de promover produtos e serviços. No entanto, é crucial entender que essa prática pode ter um impacto altamente prejudicial na reputação das marcas.
Quais são os tipos de spam?
O spam pode ser categorizado de várias formas, sendo as mais comuns:
1. Boatos (Hoaxes)
Têm como objetivo disseminar histórias falsas e alarmantes. Normalmente, essas histórias abordam assuntos sérios e instigantes, encerrando com um apelo para que as pessoas as compartilhem amplamente.
2. Correntes
São semelhantes a “simpatias” que prometem mais dinheiro, saúde, paz, entre outros. No entanto, para alcançar esses objetivos, a vítima do spam deve encaminhar a mensagem para um número específico de pessoas.
3. Estelionato
Alguns tipos de spam têm o propósito de obter dados pessoais do usuário. Normalmente, solicitam que ele acesse uma página e insira informações pessoais, que acabam caindo nas mãos de indivíduos mal-intencionados.
4. Golpes
Outra categoria de spam envolve golpes que frequentemente fazem promessas extravagantes, como ganhar dinheiro trabalhando pouco ou perder peso sem nenhum esforço. Esses golpes geralmente tentam persuadir o usuário a comprar produtos falsos, como cursos ou livros.
5. Ofensivos
O spam ofensivo tem o intuito de difamar e prejudicar a imagem de um grupo, organização, empresa ou indivíduo específico.
6. Propagandas
Esse é o tipo mais comum de spam, destinado à promoção de produtos, serviços e até mesmo políticos durante campanhas eleitorais. As propagandas podem ser legítimas ou ilegítimas, com a maioria pertencendo à segunda categoria.
7. Vírus
Algumas mensagens de spam transportam diversos tipos de vírus, como cavalos de Tróia, worms, backdoors, entre outros. O objetivo é infectar o dispositivo do usuário para obter informações confidenciais.
Qual é o perigo do spam?
O spam, sendo uma estratégia de baixo custo com capacidade de alcançar um grande público rapidamente, tornou-se tão difundido que causa diversos transtornos. Veja a seguir os principais problemas associados a essa prática.
1. Inconveniência
O spam sobrecarrega a caixa de entrada dos usuários, demanda tempo para eliminar mensagens indesejadas, consome espaço de armazenamento de dados e pode exibir conteúdo inapropriado, entre outros incômodos.
2. Custos para empresas
Ele também representa um prejuízo financeiro para as empresas, especialmente para provedores de internet e serviços de e-mail. Acredita-se que pelo menos metade do tráfego de e-mails na internet seja spam. Isso obriga as empresas a gastar mais em termos de tráfego de dados, armazenamento de informações, ferramentas de segurança e suporte ao usuário.
3. Custos para o usuário
O spam pode aumentar os custos do usuário. Por exemplo, ao verificar e-mails em um smartphone usando uma rede de dados, o volume de mensagens de spam pode impactar, mesmo que levemente, a franquia do plano de dados.
4. Riscos à segurança e perdas financeiras
O conteúdo de spam frequentemente contém links ou anexos que direcionam para malwares ou sites falsos (phishing scams). Além disso, pode levar os usuários a adquirir produtos de procedência ou qualidade duvidosa.
Caso o computador seja infectado, ele pode começar a enviar spam para outros usuários sem que o proprietário perceba, comprometendo o desempenho da máquina e ampliando o alcance do problema.
5. Não recebimento de mensagens legítimas
Para combater o spam, as empresas de internet investem em filtros e outros mecanismos de bloqueio. Embora eficazes geralmente, essas ferramentas não são infalíveis.
Assim, um problema comum é a classificação equivocada de mensagens legítimas como spam. Portanto, os usuários muitas vezes são forçados a verificar regularmente suas pastas para resgatar mensagens genuínas que podem ter sido erroneamente filtradas.
Spam no e-mail
Tanto o spam quanto o e-mail marketing têm objetivos comerciais, mas a percepção de uma mensagem pode variar significativamente entre as pessoas, dependendo da autorização do destinatário. Essa autorização é conhecida como “opt-in”.
Quando um destinatário não dá seu consentimento para receber e-mails da sua empresa e, ainda assim, recebe mensagens, ele tem o direito de marcá-las como spam. Essas reclamações desempenham um papel essencial na reputação de envio, pois quanto mais reclamações, pior será a capacidade de entrega das mensagens.
Para combater a crescente quantidade de spam, muitos servidores de e-mail passaram a rastrear o IP dos servidores remetentes e criaram listas negras. Assim, quando um e-mail é originado de um servidor listado, ele é automaticamente classificado como spam.
Atualmente, os principais provedores de e-mail utilizam essas listas. Uma vez que o seu servidor de envio é inserido na lista negra, a única maneira de sair é demonstrar que você tinha autorização (opt-in) para enviar a mensagem. Para evitar ser incluído nessa lista, é fundamental seguir sempre as boas práticas do e-mail marketing.
Spam por SMS
Hoje em dia, a enxurrada de anúncios em mensagens SMS, WhatsApp, Telegram e similares tornou-se uma ocorrência bastante comum. Para amenizar esse problema, uma abordagem é entrar em contato com as operadoras de telefonia, solicitando a suspensão do envio de mensagens comerciais provenientes delas. No entanto, é preciso compreender que essa ação só se aplica às mensagens enviadas pelas operadoras.
Outra tática é verificar se o seu smartphone oferece alguma funcionalidade que permita bloquear números indesejados, o que pode ser uma solução útil para barrar mensagens não solicitadas.
Além disso, muitos serviços de mensagens instantâneas também disponibilizam a opção de bloquear contatos, o que ajuda a reduzir o recebimento de anúncios indesejados.
Spam em redes sociais
A disseminação de spam nas redes sociais segue os recursos de comunicação disponibilizados pelos serviços. Em ambientes como o Facebook, por exemplo, indivíduos podem explorar tópicos em discussão para promover produtos ou serviços relacionados.
Essa prática é prejudicial, uma vez que mina a confiança e a integridade da rede, afetando negativamente a experiência dos usuários.
Além disso, ele pode ser disseminado através de ferramentas especializadas. No entanto, as redes sociais geralmente implementam mecanismos de combate a essa prática. Muitas delas também incentivam a colaboração dos usuários: ao se deparar com spam ou com alguém divulgando esse tipo de conteúdo, é comum a possibilidade de fazer uma denúncia de forma discreta.
3 dicas para evitar o spam
1. Construa sua própria base de leads
Evite comprar listas de e-mails e concentre-se em construir sua própria base de leads. Enviar anúncios não solicitados para pessoas desinteressadas pode prejudicar sua reputação. Softwares de e-mail monitoram como os destinatários reagem às mensagens, e se muitos as marcarem como spam ou não as abrirem, suas futuras mensagens podem ser direcionadas para a caixa de spam.
Assim, para criar uma base de leads, ofereça conteúdo de qualidade em seu site e estabeleça relações com os visitantes. Isso não apenas melhora suas taxas de conversão e abertura, mas também garante leads mais qualificados.
2. Sempre utilize HTML em seus e-mails
Evite enviar e-mails que consistem apenas em imagens, pois muitos serviços de e-mail tendem a ignorá-los e marcá-los como spam. Utilizar templates em HTML permite que sua mensagem seja transmitida com a formatação desejada.
Além disso, economiza tempo na criação de comunicações e mantém a identidade visual de sua marca constante.
3. Evite gatilhos de spam
Lembre-se de que a qualidade, clareza e objetividade de seu conteúdo são essenciais para despertar o interesse do leitor. Desse modo, evite o uso de palavras que são consideradas gatilhos para o spam, como “grátis”, “clique aqui”, “descontos”, “urgente”, “oferta” e “atenção”.
Conclusão
O spam é amplamente disseminado na internet devido à sua eficácia em fornecer resultados para os remetentes, apesar dos problemas que causa. Portanto, é fundamental manter-se bem informado sobre o assunto e adotar ações para combater esse desafio.
Nesse contexto, além de implementar as dicas sugeridas aqui, é relevante educar e conscientizar pessoas próximas, como familiares, amigos e colegas de trabalho, sobre como lidar com este problema.